Brasil: Bispos expressam sua admiração ao Papa e pedem orações

Segundo o site ACIDIGITAL (12 de fevereiro de 2013) os bispos de todo Brasil expressaram estar surpresos e ao mesmo tempo admirados pela humildade e amor à Igreja que o Santo Padre demonstrou ao renunciar seu cargo por motivos de saúde e falta de vigor devido à sua idade avançada.

Dom Murilo Krieger, Arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, recebeu com fé a notícia da renúncia e ressaltou que a atitude de Bento XVI foi um ato de lealdade à Igreja Católica. Afirmou também: “Esse foi um gesto de amor. Quando ele [Bento XVI] aceitou ser Papa, foi com a missão de servir à Igreja. Agora, viu que lhe faltam forças e não tem condições de continuar exercendo o ministério. Ele demonstra confiar em Jesus Cristo, que vai nos dar um novo pastor para conduzir Seu rebanho”.

Dom Odilo Scherer, Cardeal Arcebispo de São Paulo também manifestou sua surpresa diante do inesperado anúncio de renúncia do Papa Bento XVI. O Cardeal considerou esse gesto como um ato de grandeza, humildade e generosidade do Papa Bento XVI; e pediu para que estejamos agradecidos a Deus por este tempo de incansável dedicação do papa em prol da Igreja, e que rezemos pela eleição do novo papa.

Dom Alberto Taveira, Arcebispo de Belém do Pará, quis gravar, inclusive, um vídeo para falar sobre este acontecimento. Ele disse que “a igreja católica e o mundo foram surpreendidos com a notícia”. E ao reconhecer a coragem e a personalidade de Bento XVI, considerando uma atitude exemplar faz um pedido: “Convoco todos da arquidiocese de Belém para que nos unamos em oração pelo Papa e para que o Espírito Santo conduza os colégios dos cardeais na escolha do novo Papa”.

O Arcebispo de Maringá Dom Anuar Battisti também reconheceu o valor do gesto do Papa. E em comunicado oficial expressou: “Estamos surpresos com a notícia da renúncia do Papa Bento XVI, porém confiantes de que o Espírito Santo é Quem conduz a nossa Igreja. Bento XVI demostrou grande sabedoria e humildade ao tomar tal decisão. Sabedoria e humildade que são marcas do Pontificado de Joseph Ratzinger. Continuemos a rezar pelo Santo Padre, por todo o Povo de Deus e entreguemos a Nossa Senhora, Mãe da Igreja, a providência para a escolha do próximo Papa”.

O Cardeal João Braz de Aviz, Prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, que esteve presente durante o anúncio do Papa no Consistório de 11 de fevereiro e que estará presente no conclave para a eleição do novo Papa, afirmou à Rádio Vaticano: “nós fomos convocados esta manhã às 11h para o Consistório dos cardeais com o programa de aprovação de novos santos para a Igreja. Toda a sessão foi feita em latim, e no final da sessão o papa pessoalmente anunciou esta notícia para nós muito extraordinária”.

“Foi uma surpresa para todos nós porque esta atitude da renúncia não é uma atitude muito comum na Igreja. É um ato de extrema humildade por parte do Papa, de extremo amor à Igreja e que nos colheu muito de surpresa. Mas nós acreditamos realmente que o Papa o fez por amor à Igreja, por amor à Sé de Pedro, e nós sabemos o quanto ele trabalhou, quanto ele está trabalhando e trabalhará até o dia 28 ainda nesse sentido”.

“Isso é muito bonito da parte do Santo Padre. Da nossa parte, queremos pedir pela Igreja, pedir também pelo novo Conclave e pedir para que o Senhor dê a nós o Pontífice que ele pensou para este momento” no próxima eleição do Papa.

Por fim, o Cardeal Raymundo Damasceno Assis, garantiu a Bento XVI a oração de todo o episcopado brasileiro e agradeceu a Deus pelo dom do ministério do Pontífice. Em declarações à Rádio Vaticano Dom Raymundo afirmou:

“Nós no Brasil, creio que também como em todo o mundo, esta notícia da renúncia prevista para o dia 28 de fevereiro do Papa Bento XVI foi recebida evidentemente com muita surpresa. Nós, por outro lado, acolhemos esta decisão do Santo Padre pelas razões que ele mesmo apresentou motivando sua renúncia, dizendo que, neste momento, sente-se debilitado do ponto de vista físico e também fragilizado nesse “ânimo” de estar à frente da Igreja devido às exigências, às responsabilidades desse cargo”.

“A nossa atitude neste momento é de agradecimento a Deus pelo dom do ministério do Papa Bento XVI, a quem estamos unidos em plena comunhão, ao mesmo tempo assegurando-lhe também as nossas orações”.

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