Padre Geraldo Martins Paiva: Sacerdote zeloso; Pastor amado

Estivesse ainda entre nós, estaríamos celebrando o seu Jubileu Áureo Sacerdotal. Ordenado na Sé Catedral de Mariana a 30/11/1958, celebrara sua primeira missa cantada no Santuário de Santa Rita de Cássia a 7/12 daquele mesmo ano. Mas há exatos 7 anos pranteávamos o falecimento daquele que foi um dos que mais fomentou, em todos os tempos, a devoção a Nossa Senhora em Viçosa, cidade que o viu nascer a 8/8/1925. Cinco mil pessoas participaram de suas exéquias.

Vigário cooperador de Santa Rita entre 1959 e 1964, pároco de Jequeri, e Calambau e de Pedra do Anta, primeiro pároco de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, desde 1975, durante 20 anos, Padre Geraldo Martins Paiva foi um sacerdote “expansivo, caritativo, prático e operoso […], sua santidade existencial era irradiante; seu zelo pastoral, ardente; sua sinceridade, atraente; seu tino administrativo, inigualável; seu devotamento à Igreja, ininterrupto; sua vida ilibada, brilhante como o sol”, na sábia definição de seu colega no Seminário de Mariana e conterrâneo Cônego José Geraldo Vidigal de Carvalho.

Coube-lhe a tarefa de liderar uma campanha gigantesca junto ao seu fiel rebanho para que fosse feita a terraplanagem da área onde, com armação feita de eucalipto e de bambu e revestimento de folhas de coqueiro, se construiu a primeira versão da Igreja Matriz. Simpatia, dedicação e capacidade de trabalho foram alguns de seus atributos. E “ao lado de construir a Igreja-templo, nunca se esqueceu de construir a Igreja-comunidade… Estava disponível e acessível ao povo a qualquer hora, em qualquer lugar… inclusive gostava de visitar os enfermos nos hospitais”, como bem recorda o cronista viçosense e professor José Dionísio Ladeira. “Todos ficávamos encantados como ele conseguia ajuda material do povo”, realça.

Capelão em Viçosa do Patronato Agrícola, Colégio Normal e Hospital São São João Batista, atuou em toda a dimensão pastoral além do soerguimento do templo físico. Sua grande disponibilidade e facilidade de comunicação conquistaram seus paroquianos, possibilitando a construção da moderna Matriz, com 800m² de área útil para acolher mais de mil pessoas. Seus colegas de sacerdócio compararam seu perfil ao de São João Maria Vianey.

Humilde, paciente, acolhedor, carismático, simples, sempre presente nas atividades e setores vários da vida de Viçosa, fiel à missão de pastor, foi uma personalidade indispensável, essencial, na vida comunitária. Um ser humano “autêntico, comunicativo, alegre e amigo”, na opinião unânime de seus paroquianos.


Na primeira fila, Pe. Geraldo é o quinto, da esquerda, na foto, ladeado por missionários capuchinhos e pregadores da Semana Santa de Viçosa em 1960, tendo junto dele, à direita, padre Carlos dos Reis Baêta Braga; e à esquerda os padres José Martins e José Geraldo Vidigal de Carvalho e um sacerdote lazarista; e atrás, partindo da esquerda e do alto, os festeiros Dr. José Lopes de Carvalho, Alvino Machado, José Lopes Fontes Filho (Nonô), Custódio de Souza Parreira, César Sant’Anna Filho (Cesinha), Dr. Raymundo Alves Torres, Antônio Sant’Anna Gomide (Totone), João Cupertino de Souza, Geraldo de Lucas, Agostinho Vaz de Mello (Zutinho), Geraldo Lopes da Silva (Ladito), Waldir Pinheiro, Michel Marum, Geraldo Rodrigues Bento e Antônio Rafhael Teixeira Filho (Tonito)

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